A mente humana tende a vagar entre passado e futuro, antecipando problemas ou revisitando situações. A prática da presença plena, ou mindfulness, nos conecta ao momento atual e ativa redes neurais relacionadas à atenção, percepção sensorial e regulação emocional (Kabat-Zinn, 1990; Tang et al., 2015).

Estar presente no agora significa usar o corpo e os sentidos como âncoras, observando respiração, postura, sons e sensações corporais. Essa prática aumenta a consciência interoceptiva, reduz padrões automáticos de pensamento e fortalece a capacidade de resposta consciente frente a desafios.

A presença plena também melhora a percepção corporal, promovendo estabilidade emocional e cognitiva. Quando nos concentramos no momento, diminuímos a atividade da rede padrão do cérebro (default mode network), associada a ruminação e distração, e aumentamos a conectividade com regiões que regulam atenção e controle executivo.

🌱 Microprática: ancoragem no presente

  1. Observe três sensações físicas no corpo agora: pés tocando o chão, mãos apoiadas, respiração.
  2. Traga atenção à respiração por 30 segundos, sem tentar alterá-la.
  3. Observe três sons ao redor, mantendo a atenção em cada um.

Praticar a presença no agora fortalece clareza, equilíbrio e a capacidade de vivenciar cada momento de forma mais consciente e integrada.

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